sexta-feira, 10 de julho de 2020



A PANDEMIA E O MEIO AMBIENTE


Vivemos tempos desafiadores, não há como contestar!
Sofremos os efeitos de uma pandemia que, por vezes, ousamos dizer que é algo que nunca se viu, pelo menos, em tempos recentes!
Essa situação gera incerteza, insegurança, medo e aflição!
Vivemos tempos de mudanças e adaptações e imaginamos que nada será como antes. Teremos que mudar hábitos e atitudes, em vários aspectos!
Será que essas mudanças incluem nossa relação com o meio ambiente?
Ou melhor, nossa atitude para com o meio ambiente pode ter gerado tal consequência? 

Até o momento, autoridades sanitárias em todo o  mundo não puderam determinar com exatidão o que desencadeou a infecção do NOVO CORONAVÍRUS em humanos, tampouco, os meios pelos quais isso aconteceu! De qualquer modo, sabemos que nossa relação com o meio ambiente gera impactos, quer positivos, quer negativos. Dentre os diversos resultados negativos dessa relação, podemos incluir doenças como a Dengue, Chicungunha, Zica e Febre Amarela, que têm como vetores mosquitos que se desenvolvem em água parada, muitas vezes acumulada em objetos e resíduos descartados inadequadamente! Além disso, invadimos o espaço natural interferindo no habitat de espécies vegetais e animais, provocando poluição, acúmulo de resíduos, extinção e a mortandade de espécies, dentre tantos outros problemas fomentados pelas atividades antrópicas!

Cientes de tais circunstâncias, não podemos desconsiderar a possibilidade de termos contribuído, de alguma maneira, forma ou grau com as circunstâncias atuais.

Assim, quando pensarmos nas mudanças pelas quais teremos que passar e nos adaptar, seria importantíssimo não desconsiderar as questões ambientais e nossa relação com elas! Avaliarmos como nos enquadramos nisso tudo, quer individualmente, quer em comunidade ou corporativamente será fundamental.

Serão tempos difíceis os que vem pela frente, mas saibam que, não renegar a último plano o cuidado com o meio ambiente, poderá ser um das maneiras mais promissoras de vencermos este desafio!   


Susi Uhren

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SEUS RESULTADOS


        Trago duas reportagens da rádio CBN abordando temas ambientais importantes, como por exemplo, a consciência ambiental dos cidadãos brasileiros e quais os resultados do reaproveitamento e a reciclagem de resíduos sólidos. 

      Vocês verão quão interessante é comparar os resultados. São apresentados números positivos, no entanto, algo fica a desejar!

        Ouçam os áudios e comentem! 

        Brevemente falarei a respeito!



Susi Uhren

QUARTA, 22/08/2012

Consciência ambiental no Brasil quadruplica em 20 anos

Pesquisa revela que população nacional apresenta maior disposição em atitudes ambientalmente corretas e preocupação com o consumo.

http://download.sgr.globo.com/sgr-mp3/cbn/2012/noticias/pesquisama_120816.mp3

TERÇA, 21/08/2012

São Paulo recicla apenas 1,5% do lixo coletado

Cidade gasta por ano R$ 700 milhões para recolher as 18 mil toneladas de lixo produzidas por dia. Destas, cerca de 10 mil toneladas são resíduos domiciliares. Diariamente, a capital paulista gera 50% mais resíduos sólidos do que Nova York.
Cidade de São Paulo produz 18 mil toneladas de lixo por dia, mas apenas 1,5% é reciclado (Foto: Liriane Rodrigues/CBN)Cidade de São Paulo produz 18 mil toneladas de lixo por dia, mas apenas 1,5% é reciclado
(Foto: Liriane Rodrigues/CBN)

http://download.sgr.globo.com/sgr-mp3/cbn/2012/noticias/meioambientespcap2_120821.mp3

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CRÔNICA DA SEMANA...

Assunto: sacolinhas...

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA!



Entrou na fila que os anos lhe concederam a regalia. Mas, naquele momento nem era tanta regalia assim, afinal, a quantidade de pessoas que desfrutavam do mesmo privilégio pareciam estar todas à sua frente. Suspirou e permaneceu ali.

Logo percebeu que havia algum problema, a fila não andava e todos pareciam impacientes. Esticou-se, desviou para esquerda e depois para direita, subiu na ponta dos pés, num grande esforço para saber o estava acontecendo! Aos poucos percebeu que o grande problema era a tal da sacolinha. A consumidora desavisada reclamava porque havia trazido sua sacola retornável sem necessidade, porque o supermercado achou de distribuir as sacolas novamente!

- Vocês não sabem o que querem! Por acaso essas sacolas são bio sei lá o quê, como disseram na TV? Perguntava irritada.

- Não sei minha senhora. Respondia a moça do caixa sem entender a reclamação.

- Isso é falta de respeito, viu moça! Primeiro, não haveria mais sacolinhas. Por isso comprei essa sacola retornável aqui e sacos de lixo também! Sabe, eu não usava saco de lixo, usava as sacolinhas. Depois que gastei o pouco que tenho, porque, você sabe, sou aposentada e com muito sacrifício, porque se aposentar não é fácil...

Enquanto isso na fila, todos resmungavam, alguns concordando, outros, porém, não viam a hora daquela ladainha terminar e até erguiam um tanto a voz ao pedirem para a fila andar. Mas, mesmo com todo aquele desconforto, a senhora continuava com seu protesto.

- Vocês me deram algum desconto quando deixaram de distribuir as sacolinhas? Claro que não! Concluiu.

- Minha senhora, interrompeu a moça do caixa, por favor, eu guardo as sacolinhas e a senhora usa a sua, mas preciso encerrar a sua compra, a fila está aumentando e todos estão esperando!

A essa altura, alguns deixaram de lado seu direito e passaram para a fila ao lado, no entanto, a senhora da fila que acompanhava a conversa parecia se interessar pelo caso.

 - A senhora poderá usá-la em outros lugares! Vai pagar em dinheiro? Perguntava na tentativa de encerrar ali mesmo a contenda.

- Eu ainda não vou pagar, quero saber quanto terei de desconto?

Percebendo que algo acontecia no caixa destinado a pessoas com necessidades especiais, o gerente da loja resolveu ir até lá para saber qual era o problema.

- Não tenho como conceder desconto! Explicava a moça do caixa.

- O que está acontecendo? Perguntou o gerente.

- Está senhora quer desconto porque comprou a sacola retornável e agora  que voltamos a distribuir as sacolas de plástico...

- Como assim? Interrompeu o gerente. Não estou entendendo, a senhora quer desconto porque voltamos a distribuir as sacolas? Falou com certo espanto.

A senhora começou a sua argumentação do início, desde quando havia se aposentado. Nesse momento houve grande reclamação na fila e o gerente achou por bem retirar a senhora dali e liberar o caixa para os demais clientes.

Levou a senhora pacientemente até o balcão próximo onde conversaram durante algum tempo.

A senhora da fila que acompanhava atentamente o desenrolar dos acontecimentos, mal prestou atenção no registro dos itens que comprara, pois, a cada momento procurava a senhora e o gerente na tentativa de saber qual seria o resultado.

Embalou suas compras, pagou, recolheu suas sacolas e quando preparava-se para deixar o caixa percebeu que a tal senhora aposentada, dona da sacola retornável, estava deixando o supermercado. Parecia satisfeita e tinha um sorriso no rosto, então concluiu que o assunto fora resolvido. Mas como? Pensou. Será que conseguiu o tal desconto, perguntava-se.  Queira saber o resultado. Ainda parada, buscou pelo gerente com o olhar e o encontrou. 


O rapaz andava rapidamente em direção a uma sala destinada a pessoas autorizadas. Tinha na expressão um descontentamento característico dos que foram contrariados e, um detalhe, nas mãos estava a sacola retornável que pertenceu a senhora aposentada! 


A senhora sorriu e pensou: Aqui se faz, aqui se paga!








Susi Uhren
 Inverno, 2012    


quinta-feira, 21 de junho de 2012

ELAS VOLTARAM!

 É isso, elas voltaram! As sacolinhas plásticas distribuídas nas redes de supermercados.


Conforme divulgado pela mídia, não houve a homologação, pelo Conselho Superior do Ministério Público, do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que proibia a distribuição das sacolas no estado, desta forma, o acordo firmado entre o Ministério Público, o PROCON-SP e a Associação Paulista de Supermercados (APAS) não tem validade.


Foram muitos os comentários sobre o assunto, alguns favoráveis e outros contrários a atitude, justificando que trata-se de um retrocesso na luta por melhores condições ambientais. Muitos comentaram que já se habituaram a utilizar suas sacolas retornáveis e continuarão fazendo uso delas, outros, no entanto, comemoraram a volta na distribuição das embalagens, pois, sentiam-se lesados com a proibição.


No resultado da enquete, a opinião dos que acreditam que a medida contribui muito pouco para resultados efetivos no meio ambiente venceu a disputa! Pelo que parece, meus leitores usarão as sacolas confortavelmente, embora isso não signifique que não se preocupam com as questões ambientais. Trata-se apenas de um ponto de vista.


Os organismos que se uniram pela queda do acordo argumentam que as sacolinhas não são vilãs porque a população em geral as utiliza para o acondicionamento dos resíduos domiciliares, inclusive favorecendo o trabalho de catadores de recicláveis. Tenho minhas ressalvas quanto a tais afirmações!


O confinamento de resíduos em sacos plásticos prejudica sua decomposição, além de interferir na captação do chorume¹ nos aterros sanitários. O plástico aterrado juntamente com os resíduos, deixou de ser reciclado, procedimento muito mais proveitoso para o meio ambiente do que a destinação em aterros sanitários.


Essa não é uma equação simples de resolver, porque a reciclagem em nosso país é desestruturada e carente de incentivos. Observaram as últimas fotos que publiquei? Essa é a situação de muitos 'Gentilezas' que ajudam a natureza, infelizmente!


E você, pensa o que a respeito do assunto?


Comente! 


Um abraço e até breve!




Susi Uhren



¹ Chorume: resíduo líquido formado a partir da decomposição da matéria orgânica presente no lixo (HOUAISS, 2001). 

terça-feira, 12 de junho de 2012

FOTOS







RECICLAGEM - RESULTADO DA ENQUETE

Depois de alguns problemas técnicos, estou de volta!


Gostaria de ter comentado o resultado da última enquete assim que acabou o tempo para a participação mas, não tive a oportunidade. 


Questionava sobre o hábito da separação de materiais para a reciclagem no ambiente doméstico e, embora já se tenha passado algum tempo, falar sobre isso nunca deixará de ser importante, ou pelo menos, não deveria deixar de ser!


O resultado foi que, de todos os que participaram, ninguém deixa de fazer a separação dos itens para a reciclagem, se não frequentemente, fazem isso de tempos em tempos. Embora não seja uma pesquisa de larga escala, podemos entender que está em formação a consciência ambiental nos indivíduos. Isso é muito bom! Claro que, muito ainda precisa ser feito e aprimorado. Trata-se apenas da semente germinada, ainda necessitará de tempo e cuidados para dar seus frutos!


Tratarei deste assunto em outras postagens brevemente. Enquanto isso, participem da enquete sobre as tão faladas sacolinhas!


 Ah! Não se esqueçam dos comentários, será interessante discutirmos sobre isso!


Um abraço e até breve!




Susi Uhren 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

CRÔNICA DA SEMANA...


MEU NOME É GENTILEZA

                O semáforo iria fechar, desacelerou e freou lentamente, não queria correr o risco de ser multado, afinal não passava ali com frequência e não sabia se existia um radar por perto. Parou sendo o primeiro da fila, antes da faixa de pedestres, como todo bom motorista deveria fazer. Sentiu-se orgulhoso por isso.

                Mal os carros pararam, algumas pessoas deixaram as calçadas em direção a janela do motorista. Sabia que ia ser abordado, tentou levantar o vidro, mas não deu tempo.

                - Bom dia Chefia! Falou um homem, aparentando seus cinquenta anos, com sorriso no rosto e bastante simpático. Tinha um gingado e falava manso.

                - Desculpe, mas não tenho nenhum trocado hoje! Respondeu bastante desconfiado.

                - Não estou pedindo dinheiro, apenas fazendo meu trabalho.

                - Ah! Mas também não preciso que lave o vidro...

                - Chefia, você não entendeu! Nunca passou por aqui?

                - Não. Hoje foi uma exceção!

                - Esse é meu ponto de trabalho e de meus colaboradores também. O pessoal sabe, fazemos coleta de recicláveis.

                - Aqui no farol? Perguntou espantado.

                -É isso mesmo. Está vendo aquele pequeno galpão do outro lado? Apontou para um imóvel com uma pequena construção e um espaço tomado por pilhas de materiais. Estava um tanto desorganizado.


                - Lá fazemos a separação de tudo o que os motoristas nos entregam.

                - Mas o farol é um ponto de coleta?

                - Estratégia chefia! Estratégia! Não tem quem faça a coleta nas casas e como este é o caminho de muita gente, aproveitam para deixar aqui o que juntaram.  Melhor do que jogar pela janela do carro. É ou não é?

                - Com certeza!

                - Então lembra de nós! Meu nome é Gentileza. É isso aí, Gentileza pela Natureza! Vai com Deus!

                O semáforo abriu, os carros começaram a sair, ele ainda demorou alguns segundos e olhou aquelas pessoas carregando sacos cheios de embalagens, papeis e outras coisas. Nunca tinha visto aquilo. Acenou com a mão em despedida e partiu. Pensava naquilo tudo, balançava a cabeça com um ar de admiração e repetiu baixinho: 


               - Gentileza pela natureza!

Susi Uhren
maio/2012